Não existe criança difícil, difícil é ser criança em um mundo de pessoas cansadas

Não existe criança difícil, o difícil é ser criança em um mundo de pessoas cansadas, ocupadas, sem paciência e com pressa. Existem pais, professores e tutores que se esquecem de um dos compromissos mais importantes da educação de uma criança: o de oferecer aventuras infantis.
A presença da tecnologia na vida de nossos filhos

Especialistas parentais, psicoterapeutas, neurocientistas, educadores e pediatras concordam que precisamos ajudar os nossos filhos contra o vício do uso das tecnologias.
Filhos e tecnologia: uma relação perigosa com o excesso

A estimulação eletrônica é mais perigosa do que imaginam os pais, com um impacto profundo na saúde física e mental dos filhos. Se o seu filho não sai do computador, Ipad, Ipod, celular ou jogos eletrônicos provavelmente ele já sofre de uma série sintomas produzidos pelo tempo excessivo de acesso diário.
Previna acidentes Part. 1 – Brinquedos

Os acidentes, ou lesões não intencionais representam a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos no Brasil. No total, cerca de 4,7 mil crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, configurando-se como uma séria questão de saúde pública.
Cadê meu ursinho? – Os objetos de apego das crianças

O uso do objeto de apego, o famoso ursinho, indica um avanço no desenvolvimento do bebê, pois sinaliza que houve um início de separação psíquica da mãe.
Vida de pai em tirinhas – Part. 2

Vida de pai em tirinhas – Part. 2 Dando continuidade na nossa série chamada “Vida de Pai em Tirinhas”, onde o primeiro post da série foi ao ar dia 28 de agosto, contando a história do Pai Jorge Uesu e seus filhos Bianca e Daniel. Agora iremos conta a história do Victor Farat e Rodrigo Bueno. Victor e Rodrigo são cartunistas e viraram papais na mesma época. Desde então a vida de ambos (como a maioria dos pais) virou de ponta cabeça. Os dois colegas de ofício passaram a ter um novo e intenso assunto em comum: os primeiros cuidados com os bebês. Entre fraldas sujas e noites mal-dormidas os dois artistas trocaram muitas ideias, informações e mapearam suas experiências com desenhos, HQs e cartuns. Todas essas ideias e desenhos, desembocaram no livro Bebegrafia – Uma Odisseia Gráfica do Primeiro Ano dos Nossos Filhos. Um livro que é a soma desses dois olhares e traços distintos, constituindo um relato sincero, leve e bem humorado sobre essa fase inesquecível da vida: o primeiro ano de vida do bebê. A Inspiração Existem muitos manuais sobre quase tudo no mercado editorial. A vida dos bebês também. Existe uma extensa lista de títulos que se propõem a ensinar pais e cuidadores como lidar com esses seres tão frágeis. No entanto, não existem muitos livros que tratam desse assunto, Vida de Pai, de modo leve, bem humorado, sem a pretensão de ensinar mas sim contar de maneira sincera e despretensiosa essa experiência intensa que são os primeiros cuidados dos bebês. “Nosso livro conta em primeira pessoa como foi nossa experiência com nossos bebes. Não somente como demos conta do recado mas também sobre o que “não demos conta”. Sem julgamentos. A lente do humor não permite isso. Não é mais um manual, um discurso absoluto, pelo contrário. É um convite aos novos pais e mães se inspirarem com o novo, o inédito, o inusitado. Nossos traços são distintos, nossas histórias e aprendizagens também são. Todo bebê em toda família é único. Só temos algumas coisas parecidas e em comum. São essas semelhanças diferentes que queremos compartilhar.” Afirmam os autores, Victor e Rodrigo. Eles ainda contam que a Vida de Pai é como fosse uma expedição, explorando uma terra desconhecida. Porém, muitos pais confessavam que a memória desse período sofria uma espécie de apagão. Uma amnésia que os neurocientistas atribuem a toda situação de estresse prolongado. Mas Victor e Rodrigo não queriam ter essa “amnésia”, eles queriam lembrar de tudo. Daquele frio na barriga, daquele calor no peito, aquela alegria exausta, a embriaguez de sono, e daquela responsabilidade de alimentar a chama da vida, uma luz acesa em tempo integral, dentro da cabeça desse novo pai. Financiamento coletivo. A motivação para o livro Bebegrafia, foi uma ideia muito simples: eles não queriam esquecer essas memórias e pra concretizar essa empreitada, eles contaram com o apoio da rede de amigos, parentes e sonhadores. Encararam um financiamento coletivo (crowdfunding), e em agosto e setembro daquele ano e fizeram uma emocionante campanha que finalmente alcançou R$ 37.846,00 e 461 apoiadores. Com esse dinheiro eles viabilizaram todas as etapas de produção do livro. Um ato heróico na atual situação econômica do país. E sem poupar recursos, imprimiram um belo livro. *Autor: Leandro Crespo Ziotto, pai do Vinícius e co- fundador do Portal 4Daddy.
Agressividade na infância

O adulto tem o papel primordial de impedir que a manifestação agressiva fuja ao controle, garantindo, entretanto, que ela possa ser expressa sem causar danos à própria criança e ao seu ambiente. Ao aceitarmos as manifestações de agressividade e pudermos dar sentido a este comportamento, devolvendo para a criança a possibilidade de reparação e restituição do controle, estaremos contribuindo para a constituição de um ser produtivo e consciente.
Agosto: Mês da Valorização Paterna

O mês de valorização da paternidade foi instituído pelo Comitê Vida, grupo de trabalho intersetorial que integra profissionais de organizações governamentais e não-governamentais, universidades e demais pessoas e instituições interessadas. A Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH ) apoia essa inciativa e estimula que essa ação seja nacional. A ação é baseada em um dos eixos prioritários da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH): Paternidade e Cuidado.
Criança com medo: como lidar?

Os medos surgem de situações diversas, sejam elas reais ou não, revelando desconfortos físicos e/ou emocionais. São como alarmes que disparam diante de vivências temerosas e ajudam a criança na defesa e proteção de sua integridade. Somente quando excessivos podem inibir ou paralisar a criança, uma vez que desencadeia ansiedade intensa. Bebês e crianças são sensíveis a estímulos fortes (ruídos, flashes e movimentos repentinos, perda do apoio físico e outros) e são impactados por eventos que lhe causam estranheza, sensação de desproteção ou ameaça. A maioria dos medos está associada à instabilidade e à falta de segurança sentida pela criança, principalmente em situações desconhecidas, o que é totalmente esperado quando o mundo está sendo por ela investigado e descoberto. Diante da percepção de certa fragilidade e vulnerabilidade, crianças manifestam medos: uma das maneiras de comunicar ao adulto que algo não vai bem e solicitar ajuda. A preocupação de que a situação ameaçadora volte a acontecer faz com que a criança se proteja antecipadamente, anunciando e evitando, através do comportamento temeroso, aquilo que lhe apavora. Em um mundo a ser explorado, o receio do desconhecido e o medo da separação, abandono e/ou ausência das figuras que lhe trazem segurança, confiança e proteção assustam muitas crianças. O temor aparece quando sentem ou preveem o distanciamento dos pais ou cuidadores – medo de se perder do adulto em aglomerações, do escuro e de ficarem sozinhas; receio diante da aproximação de pessoas estranhas, de ir à escola e os pais esquecerem-na, é comum. Aos poucos, conforme a estabilidade retorna, o medo e o desconforto tendem a desaparecer. A partir dos 3 anos de idade, a imaginação infantil entra em ação. Os medos extravasam o mundo real. Surgem os monstros, bruxas, fantasmas, criados pela própria fantasia e estimulados pelas histórias, desenhos e brinquedos infantis. O medo de ser atacada e aniquilada por estes seres assustadores, e muitas vezes agressivos, avassala o sono de muita criança e pais, tornando o medo do escuro muito maior. Isto acontece porque crianças representam e associam o medo através de figuras e objetos que são “feios”, assustam, devoram e matam. São os bichos-papões que vêm para ameaçar a nossa existência. Lidar com estes medos que vêm da fantasia deixam muitos pais sem saber o que fazer. No entanto, não existe uma única maneira de proceder diante do medo. Entender os motivos que estão por trás dele é fundamental. É hora dos pais não terem medo de enfrentar o medo! Não fuja ou ignore os medos, nem zombe da criança pelos medos que ela tem. Pais precisam oferecer segurança Adultos devem incentivar a criança a conversar sobre e com os medos. Vale propor que a ela desenhe, cante e brinque com eles e tudo que os representa. Existem músicas e livros infantis que falam do tema e ajudam as crianças a se aproximarem de seus medos e encará-los. Para aquelas que têm medo do escuro ou dos monstros que ficam em seu quarto, é importante que ela possa permanecer neste ambiente. Pais podem dormir com a criança até que ela se sinta mais confiante em ficar só com os seus pensamentos e fantasias. Mas, se o medo vem de situações concretas, como o medo de mar ou piscina, propicie momentos em que a criança possa brincar com água, mas, sem forçá-la. Aos poucos, em seu tempo, a criança vai aprendendo a se defender contra as ameaças e angústias e a confiar mais em si diante de situações que a assusta. O importante é que adultos contenham a criança física e afetivamente, e auxiliem-na sempre que necessitar; um processo contínuo que se constrói através da segurança que lhe oferecemos. Um dia, o medo passa. *Autor: Leandro Crespo Ziotto, empreendedor e fundador do Portal 4Daddy. Texto adaptado de Veronica Esteves de Carvalho é graduada pela PUC-SP (1996) e especializada em Logoterapia (2006). Psicóloga clínica com 15 anos de experiência em psicoterapia para crianças, adolescentes, adultos e orientação à pais. Responsável por projetos vinculados à educação e psicoprofilaxia. Em 2012 foi cativada a escrever sobre questões que apareciam no dia a dia de seu trabalho sobre parentalidade, criando junto com Patrícia L. Paione Grinfeld, o Ninguém cresce sozinho.Link Original: http://bit.ly/1PlTOvF
Pílulas Azuis, uma história sobre mãe solteira, preconceito e afins

E se você, solteiro-a-procura, encontra numa festa a potencial mulher de seus sonhos? Resolve chamá-la para conversar, tomar “uns bons drinks” e surge o convite para outro encontro. A conversa vai adiante quando ela abre o jogo e conta que tem um filho, de 3-4 anos de idade. Algum mal nisso? E se na sequência da conversa, ela te diz que ambos possuem o HIV? O que você faz? Pílulas Azuis (Pilules bleues), de Frederik Peeters (roteiro e arte) e tradução de Fernando Scheibe, em 208 páginas onde Peeters conta sua história ao lado da companheira, Cati, desde os primeiros encontros nas rodas de amigos até a revelação de ela e seu filho (um menino de quatro anos, de um relacionamento anterior) serem soropositivos. Entram em cena todas as emoções contraditórias que o autor tem de aprender a gerenciar, como amor, piedade, raiva e compaixão, sem deixar de lançar algumas verdades duras e surpreendentes sobre o assunto do HIV, seus preconceitos e o tratamento. Contar a própria história talvez seja um exercício mais árduo do que transpor um universo imaginário ou ficcional, afinal, uma obra autobiográfica está sujeita a críticas que se dirigem diretamente ao autor. Os anos 80, época que é retratada na obra, mostra a AIDS como uma doença altamente contagiosa, sem cura, que mata em curto espaço de tempo. Com o medo e o crescente número de vítimas na época, vinha também o preconceito e a falta de aprofundamento sobre a enfermidade, cujo vírus ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos do infectado. Mesmo com todo o avanço no tratamento que temos hoje, o acesso a medicamentos (que no Brasil, graças a decisões acertadas quanto a quebra de patentes) e o nível de consciência que o assunto é tratado hoje, falar da vida de soropositivos de forma sincera e prática, é um desafio. Essa sinceridade que precisava ser analisada, dissecada e colocada num papel vai além dos modismos das biografias em forma de HQ. Peeters não quer passar a impressão de bom-mocismo ou de ser uma pessoa “correta”, livre das amarras do preconceito. Pílulas azuis é bem mais complexo nos seus quadrinhos. Perdi a conta de quantas vezes me perguntei: “Mas como isso…” durante a leitura. Nos faz pensar o quanto preparados estamos para lidar com uma situação deste tipo. E a resposta que me vem é: nunca estamos. Viver a vida nos preparará. O traço pouco importa. Aqui ele é um mero recurso narrativo. Feito um livro, a história é que prende o leitor. Em 2001, ano do seu lançamento original, a obra ganhou o prêmio Rodolphe Töpffer, em Genebra, Suíça. No ano seguinte, recebeu o Polish Jury Prize (prêmio do júri polonês) no Festival de Angoulême, na França. E que tenhamos mais histórias pessoais contadas assim… *Autor: Fabio Camatari – Trabalha com gerenciamento de projetos e o maior deles é ainda ser pai! Dividi seu tempo entre a família (linda), trabalho (puxado), amigos (presentes) e o mundo nerd (quadrinhos, livros, filmes, séries e etc…)