O Pai Ideal
O homem não nasce pai. Ele se transforma em pai – diferentemente da mulher, que biologicamente já vem com um preparo para exercer a maternidade e se especializa desde criança, nas brincadeiras com bonecas. Engravidar é importante, pois a mulher começa a desenvolver uma ligação afetiva e maternal com o filho.
O homem tem de aprender a desenvolver o amor paterno, pois ele não engravida biologicamente. O pai ideal está longe de ser perfeito. Assim como nenhuma criança precisa de uma mãe perfeita, nenhuma criança precisa de um pai perfeito.
Um filho só precisa de um pai coerente, que tenha bom-senso, uma boa dose de bom humor e uma postura amiga.
Postura amiga
Nenhum filho quer um pai amigo. O pai precisa ter uma postura amiga, que transmita um
olhar de confiança, tempo para cumplicidade, novas rotinas, segurança e proteção nos piores momentos. Um bom pai deve também compreender quando o filho precisa de ajuda e saber ceder às suas necessidades. Deve saber a hora de se calar, ficar em silêncio com o filho e entender a linguagem desse silêncio.
Um bom pai sabe dar colo, tocar seu filho, acariciá-lo. Mantém sua presença viva quando precisa se distanciar: deixa recadinhos, telefona. E, na hora de castigar, sabe a medida certa: diferenciar castigo educativo de punitivo.
O pai amigo é deplorável: ele fuma com o filho, vai para as baladas, não sabe dar limites nem orientar. O pai amigo não impõe respeito nem transmite segurança. É uma pessoa insegura em seu papel. Muitas vezes tem medo de envelhecer e se apega à juventude do filho tentando reviver sua própria. É carente, tem necessidade de ser amado e de “aparecer “diante dos amigos do filho.
Já o pai que tem uma postura amiga acompanha o filho sempre que este o requisita e sabe dizer “não “quando for necessário. É admirado pelo filho só porque sabe exatamente qual é o seu papel e o cumpre na medida certa.
O pai ideal é aquele que participa da vida do filho desde o momento que ele está sendo gerado, dando apoio psicoafetivo à mãe da criança. Portanto, digo que o casal está gravido.
Leia também:
- Meu filho põe objetos na boca
- Saúde de crianças e adolescentes na Era Digital
- Consumismo Infantil: Um problema de todos
O direito de cuidar
Ao pai cabe ajudar em todas as etapas da gravidez. Do nascimento até a sua própria morte.
Filho é para sempre! Cuidar do filho não é obrigação, mas um direito! E com isso, você ganha o poder de desafiar, questionar, instigar, desenvolver capacidades emocionais e cognitivas em seu filho, para que ele aprenda a enfrentar o mundo.
Que tarefa linda!
*Autor: Elizabeth Monteiro, pedagoga, psicóloga e psicopedagoga.
Anônimo
5