Ao saber que você será pai de um menino é quase instantâneo vincular a sua paixão futebolística ao garoto. Faz parte da natureza do brasileiro, criado em um país que respira futebol mais do que qualquer outro esporte. A pergunta das pessoas para qual time a criança irá torcer vem algumas vezes antes até do nome! Chega a ser normal para os apaixonados pela bola e soa estranho para quem não é. Faz parte.
Tios, avós e amigos que dividem a mesma devoção que você começa a catequizar o futuro torcedor antes mesmo do nascimento. Confesso ser favorável ao filho seguir os passos do pai e de parte da família. Para quem está habituado a frequentar estádios desde pequeno é mais fácil fazer a transição à medida do crescimento.
Recebi a notícia de que seria pai de um menino momentos após sair de um Roma e Milan no Estádio Olímpico, sinal mais positivo de que tudo seria de futebol não existe. O tema tomou conta do quarto a cada etapa de sua construção: bolas, chuteiras, campos de futebol… Até mesmo o enfeite da maternidade e as lembrancinhas foram planejados em cima disso.
Explicar a emoção de ser pai é impossível. Explicar a paixão pelo seu time de futebol é impossível. No meu caso, o pontapé inicial está dado. Agora a bola está com ele.
*Autor: Rafael Bullara, jornalista esportivo e editor do Jornal “O Lance”.