31 de janeiro de 2018 4daddy

Os desafios de colocar os filhos para dormir

 Os desafios de colocar os filhos para dormir

Colocar os filhos para dormir costuma ser um desafio para muitos pais. As estratégias são inúmeras e vão desde a TV ligada até atividades agitadas à noite, ou ainda ficar no quarto com as crianças até elas pegarem no sono. Mas, afinal, o que é certo e errado nessa hora? A soneca dos pequenos, toda tarde, atrapalha? O videogame é inimigo do sono? Crianças que não dormem bem, não crescem?

“O pequenos que dormem pouco ou não possuem uma rotina estabelecida apresentam, muitas vezes, irritabilidade e inquietude. Além, disso, quando as crianças dormem menos do que o necessário, isso pode ter um impacto negativo na aprendizagem”, explica a psicóloga e psicopedagoga clínica Ana Cássia Maturano.

E a teoria de que as crianças crescem enquanto dormem? “Isso é quase uma verdade”, diz o pediatra Moises Chencinski. Ele explica que há o sono “não REM” e o “REM” (Rapid Eye Moving, movimentos rápidos dos olhos). E o GH, hormônio do crescimento, tem 75% de sua liberação na 4ª fase do sono não REM, ou seja, quando a criança dorme em sono profundo.

“Alguns estudos mostram ainda que as pessoas que dormem pouco, inclusive crianças, reduzem o tempo de sono profundo e, consequentemente, a fabricação do hormônio do crescimento”, ressalta o pediatra.

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O pediatra esclarece que, diferente do que muitos pais pensam, atividades físicas antes de dormir não são interessantes ao sono dos pequenos. “Apesar de exercícios físicos ajudarem a estimular a secreção de GH, diminuída por problemas nesta fase, não é recomendável que as crianças sejam muito estimuladas antes de dormir. Essa agitação, ao contrário do que se imagina, não cansa, mas excita mais ainda as crianças, dificultando seu sono”, pondera.

 

 

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Confira as dicas:

Crianças que dormem com a mãe/pai

O que fazer quando a criança só dorme com a presença da mãe ou do pai no quarto? Neste caso, explica Ana Cássia Maturano, psicóloga e psicopedagoga clínica, a mãe deve esperar que o filho durma e depois ir para o seu quarto. Caso a criança acorde e vá para a cama dos pais, eles devem levá-la de volta ao quarto e esperar que durma novamente.

“Muitas vezes isso ocorre porque a criança tem medo do escuro e da noite, ou seja, quando deitamos na cama é o momento propício para que nossas angústias apareçam. Pensamos num problema e noutro. Com os pequenos isso também ocorre”, ressalta Ana Cássia.

Não recorra a figuras como a do “Bicho papão” para fazê-los dormir

Muitos pais ainda usam figuras clássicas, como a do ‘bicho-papão’, na esperança de que os pequenos durmam mais rápido. Mas isso é um erro.

“Muito provavelmente, usando deste recurso, a criança terá medo e, caso fique em seu quarto, dormirá mal. Sua mente já é povoada de muitos monstros, não precisamos inventar mais um”, opina Ana Cássia.

Crianças crescem enquanto dormem

E aquela teoria de que as crianças crescem enquanto dormem?

“Isso é quase uma verdade”, explica o pediatra Moises Chencinski. Ele conta que há o sono ‘não REM’ e o ‘REM’ (Rapid Eye Moving, movimentos rápidos dos olhos). E o GH, hormônio do crescimento, tem 75% de sua liberação na 4ª fase do sono não REM, ou seja, quando a criança dorme em sono profundo.

“Alguns estudos mostram ainda que as pessoas que dormem pouco, inclusive crianças, reduzem o tempo de sono profundo e, consequentemente, a fabricação do hormônio do crescimento”, ressalta Moises.

Sonecas diurnas

“É importante até que a criança queira ter essa soneca diurna, o que costuma ser natural nessa fase infantil. Isso ocorre devido ao crescimento rápido delas, o que gera mais sono. À medida que crescem e passam a interagir mais com o ambiente, o soninho da tarde é deixado de lado”, explica a psicóloga Ana Cássia Maturano.

Mas, lembra o pediatra Moises Chencinski, cada um de nós – inclusive os filhos -, tem a sua própria necessidade de sono.

“Quanto às sonecas, elas são muito importantes, tanto para que o bebê se desenvolva adequadamente como para o sono noturno. Assim, devem ser estimuladas. Mas é bom que elas não aconteçam após as 16 horas. Se isso ocorrer, essa criança pode ter dificuldades para adormecer antes das 21 horas, por exemplo”, adverte.

Dormir com os pais

É natural que a criança, em determinados períodos, tenha o sono mais agitado, como por volta de dois ou três anos. Isso ocorre quando pode acontecer a fase de terror noturno. Assim, para conseguir dormir um pouquinho mais, ou mesmo pela preocupação com a criança, os pais cometem o erro de trazer o filho para dormir com eles novamente.

Isso interfere na qualidade do sono dos adultos e na vida íntima do casal, e ainda por cima prejudica a rotina da criança.

“A criança passa a não conseguir mais adormecer sozinha e, na maioria das vezes, apresenta sono mais agitado e interrompido”, afirma o pediatra

TV no quarto

No caso de crianças maiores, recomenda Moises, é interessante não haver no quarto TV, IPods, computadores, DVDs ou videogames. Esses aparelhos podem distrair os pequenos e criar situações em que eles rejeitem o sono.

“Também a criança não deve criar o hábito de dormir vendo TV ou DVD pela mesma razão. Cria-se esse hábito para o adormecimento e as crianças, uma vez mais estimuladas, podem ter dificuldade de dormir. Isso vale para qualquer idade”, recomenda o pediatra.

Para Ana Cássia, o videogame é mais prejudicial do que a TV.

“Geralmente há fases a serem passadas e vencidas, inicia-se outras etc. O que faz com que o tradicional ‘só mais um pouquinho’ vire um vício”, observa a psicóloga.

Horário para dormir para todos da casa

O que fazer, então, com crianças que custam a aceitar a ideia de irem para a cama? A dica da psicóloga Ana Cássia Maturano é para os pais combinarem um horário onde a criança ajude a decidir, ou seja, decidam com ela também um limite para ir para a cama.

“A casa deve estar escura e em silêncio. Se os adultos ficarem com a TV ligada, volume alto e luzes acesas, isso vai deixar os filhos pequenos agitados. As crianças, muitas vezes, não querem ir para a cama porque é a hora do dia em que conseguem ficar um pouco mais com os pais”, opina Ana.

*Autor: Dr. Moises Chenciski, Pediatra Pediatra, CRM: 36.349. Membro do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo Criador e facilitador do movimento Eu apoio leite materno (#euapoioleitematerno). Site: www.drmoises.com.br

 

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