Adolescência X Aborrescência

adolescência versus aborrescência

A adolescência é o momento em que jovem tem como principal tarefa desligar-se dos pais e da autoridade. Saber escuta-lo e entende-lo é fundamental.

Atue sobre o comportamento

Quando o seu filho se joga no chão, faz birra e chora, ele está agindo sob influência de uma emoção. Mas ele não sabe identificar essa emoção (se nem você sabe, imagine a criança) e ele então age com os recursos que tem.   Comece a entender qual o tipo de emoção desencadeia aquele determinado comportamento do seu filho.   Eu vou dar um exemplo pessoal: – A minha filha, com 03 anos, sempre me dava trabalho para acordar cedo. Uma vez por semana eu precisava levá-la para a minha sogra de manhã e era uma luta interminável. Eu não conseguia carregá-la mais no colo por causa de um problema na coluna. Acordá-la, trocá-la e fazê-la chegar até o carro se tornou uma tortura. Eu sempre chegava atrasada nos meus compromissos, cansada e frustrada.   Um belo dia eu aprendi sobre a importância de separar emoções e sentimentos e decidi que naquele momento eu daria a chance para a minha filha de se expressar. Eu a acordei e o ritual começou, choro, muito choro, mais choro. Se joga, não acorda, mais choro. Eu a peguei no colo, a abracei bem forte e disse com a maior sinceridade do mundo: – Você deve estar chateada por ter que acordar tão cedo, não é? Naquele momento nem eu sabia se a palavra certa era “chateada”, mas eu estava descobrindo como a minha filha se sentia sobre aquela situação, olhando sob o olhar dela e não do meu.   Ela devolveu o meu abraço e disse que sim! Então eu continuei: – Eu te entendo minha pequena. Deve ser muito ruim mesmo um adulto te acordar quando o sono estava tão gostosinho. A mamãe gostaria muito de te pegar no colo e não ter que te acordar. Eu sinto muito mesmo por isso. Mas eu não consigo te carregar e isso também me deixa chateada. E, veja, eu estou chateada e você também. Mas se jogar no chão não vai resolver o problema e eu terei que continuar te acordando. Vamos pensar juntas em como podemos resolver isso?   Um portal mágico se abriu. Eu legitimei o sentimento da minha filha, não como “frescura” ou “birra de criança”, mas sim como algo importante. E trabalhei no comportamento ruim daquele sentimento, dando a oportunidade para ela (e para mim) de entender o quanto é importante termos opções para lidarmos com essa emoção.   Não, não foi uma vez. Foram várias. Paciência, insistência e muito amor me acompanharam e devem também te acompanhar.   Ela continuou não gostando de acordar cedo, mas só choramingava. E eu continuei com o ritual de levar muito carinho e entender a dificuldade, não só para esse exemplo, mas para todas as situações que envolvam a emoção.   Com 04 anos (1 ano depois do começo de tudo), a minha filha jogou um brinquedo longe. Eu disse: – Filha, você pode até estar chateada com isso… – Não, mãe! Eu não estou chateada! Eu estou com raiva mesmo!   Eu juro que eu quase chorei de emoção. A minha filha estava aprendendo a nomear as próprias emoções! Mas eu precisava novamente agir como orientadora emocional:   – Corrigindo, eu sei que você está com raiva. Mas jogar o brinquedo longe não é a maneira certa de agir. Vamos pensar em outra maneira?   Se o brinquedo do seu filho quebrou e ele chorou, não diga que isso é uma besteira. Para ele não é. Ele está magoado, ou triste, ou frustrado. E ele precisa saber disso para então entender como lidar com esse sentimento.   Quando os pais não ajudam os filhos a separar emoção de comportamento, repreendendo como um todo, no estilo: – Larga de frescura, você está chorando só porque o brinquedo quebrou, era só um brinquedo, etc., os filhos se sentem perdidos e pensam: – O que eu faço com o que eu estou sentindo?   Também não ajuda passar a mão na cabeça para tudo, como se toda a emoção justificasse comportamentos inadequados. O equilíbrio entre a emoção e o comportamento é o que forma pessoas emocionalmente saudáveis.   Eu finalizo aqui deixando os passos dados por John Gottman, para te ajudar na jornada:   √ Perceba a emoção da criança; √ Reconheça na emoção a oportunidade de intimidade e aprendizado; √ Ouça com empatia, legitimando os sentimentos da criança; √ Ajude a criança a encontrar palavras para identificar o que ela está sentindo; √ Imponha limites ao mesmo tempo em que explora estratégias para a solução do problema.   *Autor: Jacqueline Vilela Gomes Kikuti, Administradora e Master Coach, Coaching para Pais e Filhos: Dar ferramentas aos pais para ajudar os filhos na escolha profissional e aos jovens a oportunidade de descobrir os talentos e contribuir com o Mundo. E-mail: jacqueline@laboratoriodetalento.com.br    

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