25 de setembro de 2017 4daddy

Seu filho é do tipo caladão? Com essas 8 dicas, você quebra o gelo

Seu filho é do tipo caladão? Com essas 8 dicas, você quebra o gelo

São muitas as situações que podem levar os filhos a se isolarem e evitar uma conversa: introversão, cansaço, mau humor, fome, tristeza ou preocupação por algo que vem acontecendo na escola, etc. Independentemente do motivo que há por trás desse comportamento, existem algumas táticas que podem funcionar muito bem na hora de tentar quebrar o gelo e se aproximar da criança.

Pergunte sobre a escola sem chatice

É fundamental acompanhar a vida escolar da criança, certo? Porém, existem formas mais criativas de arrancar informações dos pequenos do que mandar a clássica indagação: “O dia foi legal hoje?” – que, na maior parte das vezes, é respondida com um “sim” ou “não”. Faça perguntas mais focadas, como “Aconteceu alguma coisa engraçada?”, “O que você aprendeu de interessante hoje?” ou “Se você fosse um professor por uma semana, o que faria?”. A criança vai falar sem se sentir interrogada.


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Brinque para se aproximar

É durante as brincadeiras que surgem as conversas espontâneas e os comentários engraçados. Vocês vão se sentir mais próximos, estreitar o vínculo e se divertir. De quebra, é possível perceber algumas formas do filho “funcionar” no mundo: como interage, arma estratégias, reage a ganhos e perdas, lida com esperas e frustrações, etc. Até mesmo no carro, num momento de trânsito, é possível brincar. Experimente perguntar: “Quer que eu tente adivinhar o que está incomodando? Diga ‘quente’ se eu estiver perto de adivinhar e ‘frio’ se eu estiver longe”. O desafio vai motivar a criança a se abrir.

Estimule a fantasia

Faça perguntas lúdicas, que despertem a imaginação e, ao mesmo tempo, gerem respostas divertidas e elucidativas. Um exemplo: “Imagine que você é um inventor capaz de criar qualquer coisa. O que você inventaria?”. Ou então: “Se você encontrasse um gênio da lâmpada e ele te concedesse três pedidos, quais seriam? E se ele pudesse apagar três coisas que vêm incomodando, quais você escolheria?”. E ainda: “Se te entrevistassem num programa de TV, o que você mencionaria como as três coisas mais legais e mais chatas de estudar no terceiro ano?”.

Mostre apoio

Em vez de indagar o que aconteceu na escola ou na casa do amiguinho para o filho ter ficado de cara fechada, diga que notou que ele está chateado ou preocupado. Agindo assim, você demonstra preocupação genuína para ajudar a resolver a questão e deixa claro que se importa mais com os sentimentos da criança do que com o fato em si.

Substitua uma palavra simples

“O que você quer ser quando crescer?” por “Quando você for adulto, o que gostaria de fazer?”. A criança já é alguém e a simples possibilidade de se tornar uma pessoa diferente pode causar ansiedade e medo. Já o verbo “fazer” dá asas à imaginação e à fantasia.

Não force a barra

Se a criança está calada porque algo a chateou, não tente obrigá-la a falar a qualquer custo. É importante mostrar que se ela não estiver pronta para conversar, tudo bem; você estará sempre disponível em outro momento caso ela queira se abrir. Outra opção é perguntar se o filho prefere escrever um bilhete sobre o que está acontecendo e te entregar mais tarde.

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Dê o exemplo

Como uma pessoa adulta, fale também o que te incomoda, o que não gostou no trabalho, qual parte do dia foi divertida. As crianças se espelham em nosso comportamento.

Pergunte: “Que parte do seu dia você mais gosta?”

É interessante fazer um balanço ao final do dia para avaliar o que foi bacana e o que pode melhorar. Com essa pergunta, os pais podem conhecer o que a criança curte, qual a atividade ou o momento que lhe dá maior prazer, etc. E sendo algo que tem interesse, a chance dela falar mais é maior.

*Autora: Heloísa Noronha, colaboradora do UOL. Fontes: Julia Bittencourt, psicóloga clínica e educacional com experiência no atendimento de crianças, gestantes e mães, membro da ABENEPI (Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões Afins) e da ATC-Rio (Associação de Terapias Cognitivas do Rio de Janeiro); Juliane Feldmann, neuropsicopedagoga, coordenadora do curso de pós-graduação em Neuropsicopedagogia Institucional e Clínica da UNIP (Universidade Paulista), em São Paulo (SP), e autora dos livros “Pensamentos e emoções”, “Sentimentos e pensamentos” e “Caixinhas” (Matrix Editora), e Tonia Casarin, mestre em Educação pelo Teachers College em Columbia University (Nova York, EUA), professora de pós-graduação do Instituto Singularidades de São Paulo (SP), consultora em Educação, parceira da Stanford University (EUA) em projetos de FabLearn Lab no Rio de Janeiro (RJ) e autora do projeto “Tenho monstros na barriga”.

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