Queremos aqui formalizar o nosso manifesto: #paternidadecuidadora – Um ato, um direito, um compromisso!
Um ato, pois queremos chamar a sociedade civil para “exercer” a função paterna baseada numa criação afetiva, social e cidadã de nossas crianças e adolescentes. Trata-se de atitude/ato social e político de conscientização.
Um direito, por que ser e ter um “pai” é um direito. Seja homem ou mulher, toda criança tem o direito de ter a figura paterna presente em sua vida. E todo(a) cuidador(a) adulto tem o direito e DEVER de exercer essa figura assistido(a) pelo Estado.
Um compromisso, já que as funções paternas e maternas podem ser exercidas por qualquer adulto que tenha sob sua responsabilidade uma criança e/ou um adolescente. Independente do gênero ou orientação sexual, grau de parentesco biológico ou afetivo desse adulto. Ser pai, cumprindo suas obrigações legais, não é necessariamente exercer essa paternidade de forma afetiva e social. Ser cuidador, seja mãe ou pai, afetivo ou biológico, é um COMPROMISSO!
Vamos juntos!
Uma paternidade participativa e o cuidado com um ser humano em formação tem impactos positivos no homem, na família e na sociedade. Por isso, sociedade civil, empresas e o Estado podem e devem andar lado a lado a essa causa. A 4daddy apoia os diferentes núcleos na criação de programas, ações, estudos e pesquisas que tratem sobre Paternidades e Masculinidades em prol da igualdade de gênero, racial e social.
Levantamos as bandeiras da paternidade ativa baseada numa criação afetiva, social e cidadã, visando reposicionar a figura paterna nessa nova dinâmica. Para que funcione de fato, acreditamos que os três pilares (sociedade civil, empresas e o Estado) são fundamentais para qualquer transformação social e comportamental.
Como sociedade civil temos um papel fundamental para gerar transformação e incluir os homens na economia do cuidado. Criamos meninos que serão os homens do futuro e a forma como os educamos é o que pode garantir uma geração mais justa, equitativa, pacifica e com uma masculinidade mais saudável.
Já as empresas devem cumprir sua função social dentro e fora do ambiente de trabalho, oferecendo politicas mínimas para que seus colaboradores possam exercer a maternidade e paternidade de forma digna. Licença paternidade estendida, desenvolvimento de lideranças que valorizam a equidade de gênero e o fortalecimento do papel da parentalidade são algumas ações que podem ser integradas as políticas das empresas.
Precisamos também que o Estado faça seu papel com leis e políticas públicas. Um país onde o carnaval é maior que a licença paternidade, nunca será um país com equidade de gênero. Um país onde não há fraldários nos banheiros masculinos proíbe que homens cuidem de suas filhas. Então é papel do Estado criar políticas públicas acolhedoras para que a parentalidade possa ser exercida de forma plena.