Para que servem as lembranças da infância

As memórias de infância são grandes aliadas no processo de educação dos filhos. Elas dão força e ao mesmo tempo nos tornam mais sensíveis ao universo infantil, por nos aproximar da essência da criança.

Homens no papel de cuidadores

Falta pensar no cuidado como pertencente ao universo masculino, já que os homens são tão capazes de cuidar quanto as mulheres, só precisam ser educados para isso”, defende o pesquisador Marcos Nascimento.

Adolescência X Aborrescência

adolescência versus aborrescência

A adolescência é o momento em que jovem tem como principal tarefa desligar-se dos pais e da autoridade. Saber escuta-lo e entende-lo é fundamental.

Dia das crianças é dia de direitos e não só de presentes

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vem a público conclamar mais uma vez todos os cidadãos e todas as instituições do País (públicas e privadas) a se unirem, efetivamente, em torno da defesa ampla, integral e sem concessões do maior patrimônio nacional: seus mais de 60 milhões de crianças e adolescentes, jovens com até 19 anos.

Atue sobre o comportamento

Quando o seu filho se joga no chão, faz birra e chora, ele está agindo sob influência de uma emoção. Mas ele não sabe identificar essa emoção (se nem você sabe, imagine a criança) e ele então age com os recursos que tem.   Comece a entender qual o tipo de emoção desencadeia aquele determinado comportamento do seu filho.   Eu vou dar um exemplo pessoal: – A minha filha, com 03 anos, sempre me dava trabalho para acordar cedo. Uma vez por semana eu precisava levá-la para a minha sogra de manhã e era uma luta interminável. Eu não conseguia carregá-la mais no colo por causa de um problema na coluna. Acordá-la, trocá-la e fazê-la chegar até o carro se tornou uma tortura. Eu sempre chegava atrasada nos meus compromissos, cansada e frustrada.   Um belo dia eu aprendi sobre a importância de separar emoções e sentimentos e decidi que naquele momento eu daria a chance para a minha filha de se expressar. Eu a acordei e o ritual começou, choro, muito choro, mais choro. Se joga, não acorda, mais choro. Eu a peguei no colo, a abracei bem forte e disse com a maior sinceridade do mundo: – Você deve estar chateada por ter que acordar tão cedo, não é? Naquele momento nem eu sabia se a palavra certa era “chateada”, mas eu estava descobrindo como a minha filha se sentia sobre aquela situação, olhando sob o olhar dela e não do meu.   Ela devolveu o meu abraço e disse que sim! Então eu continuei: – Eu te entendo minha pequena. Deve ser muito ruim mesmo um adulto te acordar quando o sono estava tão gostosinho. A mamãe gostaria muito de te pegar no colo e não ter que te acordar. Eu sinto muito mesmo por isso. Mas eu não consigo te carregar e isso também me deixa chateada. E, veja, eu estou chateada e você também. Mas se jogar no chão não vai resolver o problema e eu terei que continuar te acordando. Vamos pensar juntas em como podemos resolver isso?   Um portal mágico se abriu. Eu legitimei o sentimento da minha filha, não como “frescura” ou “birra de criança”, mas sim como algo importante. E trabalhei no comportamento ruim daquele sentimento, dando a oportunidade para ela (e para mim) de entender o quanto é importante termos opções para lidarmos com essa emoção.   Não, não foi uma vez. Foram várias. Paciência, insistência e muito amor me acompanharam e devem também te acompanhar.   Ela continuou não gostando de acordar cedo, mas só choramingava. E eu continuei com o ritual de levar muito carinho e entender a dificuldade, não só para esse exemplo, mas para todas as situações que envolvam a emoção.   Com 04 anos (1 ano depois do começo de tudo), a minha filha jogou um brinquedo longe. Eu disse: – Filha, você pode até estar chateada com isso… – Não, mãe! Eu não estou chateada! Eu estou com raiva mesmo!   Eu juro que eu quase chorei de emoção. A minha filha estava aprendendo a nomear as próprias emoções! Mas eu precisava novamente agir como orientadora emocional:   – Corrigindo, eu sei que você está com raiva. Mas jogar o brinquedo longe não é a maneira certa de agir. Vamos pensar em outra maneira?   Se o brinquedo do seu filho quebrou e ele chorou, não diga que isso é uma besteira. Para ele não é. Ele está magoado, ou triste, ou frustrado. E ele precisa saber disso para então entender como lidar com esse sentimento.   Quando os pais não ajudam os filhos a separar emoção de comportamento, repreendendo como um todo, no estilo: – Larga de frescura, você está chorando só porque o brinquedo quebrou, era só um brinquedo, etc., os filhos se sentem perdidos e pensam: – O que eu faço com o que eu estou sentindo?   Também não ajuda passar a mão na cabeça para tudo, como se toda a emoção justificasse comportamentos inadequados. O equilíbrio entre a emoção e o comportamento é o que forma pessoas emocionalmente saudáveis.   Eu finalizo aqui deixando os passos dados por John Gottman, para te ajudar na jornada:   √ Perceba a emoção da criança; √ Reconheça na emoção a oportunidade de intimidade e aprendizado; √ Ouça com empatia, legitimando os sentimentos da criança; √ Ajude a criança a encontrar palavras para identificar o que ela está sentindo; √ Imponha limites ao mesmo tempo em que explora estratégias para a solução do problema.   *Autor: Jacqueline Vilela Gomes Kikuti, Administradora e Master Coach, Coaching para Pais e Filhos: Dar ferramentas aos pais para ajudar os filhos na escolha profissional e aos jovens a oportunidade de descobrir os talentos e contribuir com o Mundo. E-mail: jacqueline@laboratoriodetalento.com.br    

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